sábado, 5 de setembro de 2009

gange dinheiro

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

domingo, 30 de agosto de 2009

Slash eleito o segundo melhor guitarrista da história...

Jimi Hendrix foi eleito o melhor guitarrista da história pela revista "Time", que elaborou uma lista na qual também inclui outros ícones da música como Slash, B.B. King, Keith Richards, Eric Clapton e o recentemente falecido Les Paul.

"Nunca ninguém combinou com uma guitarra o blues, o rock e a 'psicodelia' com tanta facilidade e carisma" como Hendrix, assegura o crítico musical da "Time", Josh Tyrangiel, encarregado de elaborar a lista sobre os mestres da guitarra.

Segundo Tyrangiel, o lendário Hendrix se impõe a artistas de todas as épocas e gêneros. Já o ex-guitarrista do grupo Guns N'Roses Saul Hudson, mais conhecido com Slash, ficou com o segundo lugar, graças à sua "precisão" com as seis cordas e a sua paciência com Axl Rose, vocalista da banda.

O terceiro lugar da lista de dez ficou com a lenda do blues B.B. King e sua guitarra "Lucille".

O guitarrista dos Rolling Stones Keith Richards vem logo em seguida, antes de Eric Clapton.

Jimmy Page, ex-membro do grupo Led Zeppelin ficou em quinto, seguido por Chuck Berry, Les Paul, Yngwie Malmsteen e Prince, fechando o "top 10" de ilustres guitarristas.

Incidente em st. Louis, briga de axl com kurt cobain, axl e slash briga...

-Em 2 de Julho de 1991, o Guns N' Roses marcou data pra tocar em St. Louis, uma mistura de motoqueiros, autoridades e "A Banda Mais Perigosa do Mundo" acabou num dos maiores incidentes da historia do Rock:
-Os problemas começaram antes mesmo da banda começar a tocar, os caras que cuidavam do estacionamento do local do show nao reconheceram Axl, que nao o deixariam estacionar no lugar privativo onde a banda tinha direito, bom isso nao deu nem pro cheiro comparando-se ao que viria depois. A banda SkidRow abriu o show para o GNR como de costume, e depois de um tempo o GNR finalmente entraram no palco, conhecendo Axl, ja dava pra saber como estava sua cabeça com os problemas para chegar até o show. A banda abriu seu show com "Perfect Crime" e "Mr. Browstone", a multidão que assistia o show consistia alem dos regulares fãs de guns e membros de um grupo de motoqueiros locais. Um desses membros do grupo de motoqueiros conhecido pelo apelido de "Stump" era um problema. Ele nao só provocou outros fãs do GNR como o proprio Axl chamando a atençao do vocalista o tempo inteiro. Stump folhas onde escrevia coisas e queria que fosse passado para o proprio Axl ler. Depois da primeira parte do show, Axl pegou uma das anotaçoes, Axl leu: "Entao voce é o Stump do grupo de motoqueiros "The Saddle Tramps, valeu á pena interromper o show para isso indagou Axl.Entao axl disse "Realmente uma graça de bosta". Axl prosseguiu o show, mas Stump continuava enchendo o saco de Axl, ate que tirou uma máquina fotografica de seu bolso(O que é proibido em shows), Axl entao parou de cantar "Rocket Queen" bem no meio da musica e disse "Hey peguem aquilo....peguem aquilo agora!!.....peguem o cara e aquilo", falando para os seguranproblema é que os seguranças eram amigos do ças se referindo da maquina fotografica que Stump carregava. O grupo de motoqueiros, e nao fizeram nada em relada vida, entao ele fez o que qualquer pessoa çao á Stump, deixando Axl puto fariacom o cara, tomou a maquina jogando á no (ou quase todas), Axl disse"Eu pego entao maldiçao!!", pulou na multidão, discutiu chvoltando ao palco, Axl manda a banda parar de ão e deu alguns socos na cara do filho da puta!! Os seguranças tiraram Axl dali, tocar, e diz o microfone no chao e saindo do palco. A "Bem, graças á segurança de merda eu estou indo pra casa!", atacando multidpalco e comçaram a correr em cima dele, ão estava indignada, para piorar os membros do grupo de motoqueiros subiram no a policia chegou e deu uns kacete nos caras tirando os do palco, entao a multidcomeçou a jogar cadeiras nos policiais que ão estavam em cima do palco, os policiais jogavam de volta as cadeias no publico, o que provocou a série de pancadaria entre o publico e os policiais, resultando no fim das contas um total de de 200.000 dólares e que fez a midia 60 feridos, prejuizos de mais colocar Axl sendo o responsavel pelo incidente, quando a policia foi quem provocou a ira do publico. Axl foi levado á corte no mesmo ano e em Julho de usando uma camisa "St Louis é uma 1992 foi preso em Nova York condenado pela justiça e solto mais tarde droga".

"Axl Rose x Kurt Cobain (1992)"


Em 2 de Julho de 1992, Axl e cia. estavam no melhor ano da banda, com o duplo lançamento dos albuns Use Your Illusion, a banda estava entre as 3 mais populares do rock naquela época, mas sempre cercada de brigas e boatos de confusão. Onde quer que Axl aparecia, a confusão ia atras. Naquele ano de 1992, a MTV premiava as melhores bandas e video clipes do ano. E foi nos bastidores da MTV que Axl quase enfia a porrada em Kurt e sua esposa Courtney Love;
- O caso é dificil de ser relatado, afinal, Kurt dá sua versão da história e Axl Rose a sua. Mas ambos contam o mesmo final, os dois nunca mais se falaram novamente. O que se sabe de fato é que Courtney Love foi quem provocou a briga entre os dois, no camarim da MTV americana, nao se sabe o que Courtney disse para axl ou fazia para ele se irritar com ela. Kurt disse uma vez que courtney apenas brincou com Axl se ele queria ser o padrinho de Francis Cobain(filha de Kurt e Courtney), Axl teria se irritado e apontou o dedo em direçao ao Kurt dizendo "Faça essa maldita cadela calar a boca", Kurt mandou Courtney calar a boca, e apenas riu para Axl nao entendendo o razao de ele ter ficado puto. A versão de Axl, é que Courtney estava o aborrecendo durante um bom tempo, e por isso ele mandou que kurt a fizesse calar a boca, antes que ele mesmo o faria. A confusão nao parou por aí, após o Nirvana apresentar uma de suas músicas no MTV Awards, ele provocou mais ainda Axl na frente de todos repetindo ao microfone "Oi Axl, onde esta voce Axl?....Oi Axl, onde esta voce Axl". Se sabe que os dois nunca mais se olharam ou falaram, muito menos estiveram nos mesmos shows, Axl fez uma relação das 10 bandas mais influentes do rock dos anos 90 e nao citou o Nirvana. Kurt por sua vez, parecia estar mesmo com Axl intalado na garganta, perguntado se o Pearl Jam era seu inimigo ele respondeu: "Pra que termos o Pearl Jam como inimigo, quando já temos um como o Guns N' Roses?".

"Axl x Slash (1994)"

Em 1994 o Guns voltava de uma turnê mundial que lhe rendeu milhões mas também um desgaste entre os membros, especialmente entre Axl e Slash, que todos ja sabiam das várias brigas que os dois tinham na época em que tocavam juntos, o motivo? "Incompatibilidade musical", pelo menos foi assim que Slash e Axl descreveram o que levaria ao fim da formação original do Guns;
- É comum entre bandas famosas de rock haver discussões e brigas por gostos e vontades diferentes, na verdade, é comum do ser humano haver conflito com outro ser humano, e isso se dobrava quando se tratava de Axl Rose. Nao era novidade que o vocalista metia a boca em tudo e todos que não gostasse, era de seu jeito ou nada!! E foi o segundo que Slash escolheu, a briga entre os dois segundo comentários vinha desde 1991, quando após o lançamento dos Use Your Illusion, a banda discutia entre si como seria um novo álbum, Axl queria incorporar elementros eletronicos, Slash era contra, queria algo mais pro lado do blues, nisso iniciaria uma fogueira de vaidades dentro do GNR. Para a banda não rachar enquanto fazia milhões, resolveram lançar um álbum só de covers, sem produções originais da banda. Até que fez efeito, a banda ganhava mais tempo e um pouco mais de dinheiro. Durante a época de 92 e 93, Axl e Slash se pegaram várias vezes em estúdio e bastidores, uma delas em estúdio na gravação do álbum "The spaghetti incident?", Axl quebrou uma cadeira nas costas de Slash, e se não fosse os outros membros separarem os dois, teriam se matado ali mesmo. Em 91, Izzy que havia deixado a banda por achar que o GNR já nao era mais a mesma banda que havia se iniciado, por haver um mar de interesses comerciais e vaidades dos companheiros, deixou a banda, o homem que compunha a maior parte dos sucessos do GNR, agora deixava Axl e sua vaidade sozinhos, para mostrar á Axl que nenhuma banda do jeito que estava, duraria muito. E izzy estava certo, em 1994, quando a banda se reúne para fazer um novo ábum, Slash chega com 11 músicas feitas por ele mesmo e diz que ja tem o novo album pronto, Axl não gostou nada e discordou de Slash, disse que a banda faria as musicas, não um componente só, Slash queria colocar seu material e Axl o seu, nessa divirgência toda, Slash resolve levar seu material e iniciar uma nova banda chamadade de "Snakepit", convoca o vocalista do "Outpatience", banda com quem ele era muito amigo e na qual o próprio Axl também conhecia e chegou a fazer uma ponta na música da banda, enquanto Axl arrumava sua vida com processos judiciais e a perda da sua namorada a modelo Stephane Saymour, Duff resolve cair fora também, diz que nao dá mais pra viver num mar de confusões que Axl criava e disse que só voltaria caso Slash voltasse também. E as cabeças começaram a rolar pela ordem; Gilby e Matt também cairam fora. Axl culpava Slash pelo fim da banda e vice-versa, a mágoa que existe hoje entre Axl e Slash é muita, Slash até disse que aceitaria voltar para o Guns caso Axl lhe ligasse e o chama-se de volta........!!!!!........bom...se tratando de Axl.....com seu égo maior do que o mundo.....Slash foi bem esperto na declaração.....isso mostraria que Axl estava realmente arrependido.....mas Axl não ligou....e ainda fez questão de deixar claro que não sente falta dos ex-companheiros, iniciou a nova formação do Guns e Slash continua com seu Snakepit e ainda dizendo que é apenas amigo de Duff, Izzy, Gilby, Steve e Matt....mas de Axl..............ele diz ter só pesadelos com o ex-companheiro.

Tudo sobre Nirvana

Até receber a tarefa de fazer a crítica do livro "Nirvana" de Everett True, fazia alguns anos que eu não escutava muito a banda. Nesse aspecto, imagino que eu seja como a maioria das pessoas que como eu tinham 20 e poucos anos quando o vocalista, compositor e guitarrista do Nirvana, Kurt Cobain, morreu em abril de 1994, cerca de dois anos e meio após o lançamento de "Nevermind".

Houve tanto sensacionalismo – palavra inevitável – em torno do Nirvana e o seu fim que posteriormente a música parecia, de alguma forma, encoberta pela publicidade que o fato gerou. Tornou-se algo quase constrangedor escutar no quarto a voz estranhamente sedutora e sarcástica de Cobain, quando jornalistas a definiram como a voz de nossa geração. A ambivalência atormentada da banda relacionada à sua enorme popularidade acabou se tornando uma triste passagem. Quando "Nevermind" foi lançado, o marketing da guerra do Golfo como um filme de ação líder de bilheteria era a mais nova afronta, como foi o recrutamento da música dos Beatles "Revolution" usada como um jingle de propaganda; ainda não estávamos plenamente familiarizados com a indecência emocional da comercialização.

Estamos agora há quatro anos em meio à seqüência habilmente comercializada da guerra do golfo, enquanto a viúva de Cobain, Courtney Love, recentemente vendeu os direitos da música "Breed" do ex-marido para uso por uma fabricante de videogames. Como escutar hinos do início dos anos 1990 durante o final da década 2000? Qual a sensação de ouvir "Smells like teen spirit" quando você tem 30 e tantos anos, algo que Kurt Cobain, morto aos 27, obviamente jamais saberá?


Talvez você espere que True se envolva nessas questões e avalie de modo convincente a música e o legado da banda. Afinal de contas, este não é o primeiro livro a contar a história do surgimento do Nirvana "das entranhas de uma tacanha cidade madeireira chamada Aberdeen, WA", como Cobain a descreve em um texto que acompanhava o primeiro single da então desconhecida banda, e do feito do grupo (citando o mesmo documento de falsa pompa) levando-o ao "sucesso, fama e subseqüentes milhões".

O livro de Michael Azerrad "Come as you are", publicado em 1993 e escrito em cooperação com o Nirvana, apresenta impressões íntimas de Cobain e seus companheiros de banda, Dave Grohl e Krist Novoselic, ainda que corte os bastidores e minimize o problema com heroína de Cobain.

Outra importante obra da sessão Nirvanologia é o livro "Heavier than heaven" (2001), de autoria de Charles R. Cross, uma biografia de Cobain criteriosa e bem escrita, porém frustrada pela complacência do autor com a versão de Courtney Love sobre os eventos e uma reconstrução fictícia das últimas horas de Cobain.

True poderia ter desenvolvido sua obra a partir do trabalho de seus predecessores e destilado informações reveladoras de sua própria experiência como o jornalista que talvez tenha passado mais tempo com a banda.

Contudo, para uma obra anunciada como a biografia definitiva da banda, "Nirvana" é uma produção estranhamente periférica e incompleta. Os golpes fortes, constantes e vibrantes da bateria de Grohl e os riffs provocantes e insinuantes de Novoselic eram tão importantes para o som do Nirvana quanto os "gritos sensacionais" de Cobain, como definiu o primeiro produtor da banda.

No entanto, nem Grohl nem Novoselic concordaram em conceder entrevistas, e True havia rompido com sua antiga amiga Courtney Love, atriz, cantora e celebridade provocadora com quem Cobain se casou em 1992. O livro "Nirvana" consiste em grande parte de trechos longos, aparentemente não editados, de entrevistas com coadjuvantes da história da banda, e True mal se esforça para julgar pontos de vista conflitantes, para assim tentar relativizar a importância de diferentes acontecimentos ou até para definir se o Nirvana realmente merece o tratamento especial de uma biografia de 600 e poucas páginas. "Por que uma banda seria favorecida em detrimento de outra?", ele pergunta.

É outro mistério também por que True favorece algumas considerações factuais em detrimento de outras. "A primeira ocorrência de uma guitarra completamente despedaçada, como todos concordam, ocorreu no Evergreen State College em 30 de outubro", em seu julgamento inexpressivo de historiador. Outros assuntos, obviamente mais importantes, não o interessam. Ele reproduz, aparentemente na íntegra, longos artigos que escrevera para a revista britânica “Melody Maker”, mas não vai além de citar o bilhete suicida de Cobain.

E então fica a dúvida, desconfortavelmente difícil de ignorar, se Cobain de fato escreveu um bilhete suicida, ou um rascunho de uma carta de despedida para os fãs (o Nirvana estava prestes a anunciar sua ruptura) posteriormente adulterado por outro punho.

O livro "Love & Death" (2005) de Max Wallace e Ian Halperin é uma acareação inquietadora de provas circunstanciais que sugerem que Cobain foi assassinado, e True poderia pelo menos ter considerado as dúvidas que ainda pairam acerca do mais famoso suicídio do rock 'n' roll.

O único importante mérito do livro de True está em sua cuidadosa atenção à política musical, sobretudo o relacionamento ambivalente de Cobain com o caráter rigorosamente anticomercial, do tipo faça você mesmo, que ele descobriu entre os músicos de Olympia, Washington, onde morou por muitos anos.

"Olá, somos fenômenos de vendagem de rock de um grande selo", anunciou Cobain para uma multidão no início de 1991, pouco depois de a banda assinar contrato com a David Geffen Company; e o Nirvana jamais conseguiu decidir se o seu sucesso contava como vitória ou apaziguamento.



Estúpido e contagioso

O que True mais valoriza no Nirvana parece ser a sua política sexual feminista e tolerante, rara em uma banda que tanto deveu ao heavy metal. Cobain e Novoselic se beijaram no programa "Saturday Night Live" (cena cortada pela “NBC” das retransmissões do programa), e Cobain nunca demonstrou timidez em entrevistas para expressar sua admiração pelas mulheres. Isso introduziu algo de novo ao mundo dos ruidosos riffs de Black Sabbath, quando ele usou um vestido de baile para o programa "Headbangers Ball" da “MTV” – afinal de contas, ele explicou sem hesitar, era um baile.

Mas mesmo assim a força da música do Nirvana pouco teve a ver com promessa de, nas palavras de True, um rock 'n' roll "com nuances mais femininas, e menos machistas". Como um político erótico (na memorável definição de estrela do rock de Jim Morrison), Kurt Cobain acreditava no bom relacionamento entre homens e mulheres. Como compositor, preocupava-se mais com a dificuldade de manter um bom relacionamento consigo mesmo.

De fato, a força do Nirvana devia muito às suas auto-segmentações. Como deixou claro a (lamentavelmente) energética produção de "Nevermind", estréia do grupo em uma gravadora grande, "grunge" não era realmente a palavra para essa música. A sensibilidade do Nirvana foi delineada e dividida entre influências do pop, punk, heavy metal e arena rock, e o talento de Cobain para melodias contagiantes era rendoso, em dissonância com seu desejo de ser inassimilavelmente detestável.

Então, uma das músicas pop mais cativantes de todos os tempos repreende a si mesma por sua capacidade de agradar e aos seus ouvintes por gostarem da canção: "I feel stupid and contagious" ("Eu me sinto estúpido e contagioso"). A genialidade do Nirvana, poderíamos dizer, foi revelar a postura do adolescente rejeitado perante os garotos mais populares como idêntica à do artista maduro em relação ao mundo corporativo: menosprezo enraivecido, associado a um desejo avassalador de se encaixar.

Muitas vezes recorremos à música pop para uma expressão cristalina de algum estado de espírito específico. Mas os estados de espírito do Nirvana são confusos de uma maneira profunda e excitante. Entre os refrões mais fáceis em que nos pegamos gritando junto com a música estão "Rape me", da música de mesmo título, e o terrível "Beat me out of me" da música "Aneurysm". Ou, na mesma música, diversão inocente soa como um massacre. "Come on over and do the twist" ("Venha e dê aquela volta") não estava no papel; mas quando Cobain grita as palavras no excelente álbum ao vivo da banda, elas ficam sem dúvida horripilantes. (Podem também conter um duplo sentido referindo-se à prática do usuário de heroína de "amarrar").

E se "In Utero", o último disco de estúdio do Nirvana, soava, mesmo antes da morte de Cobain, como vários rabiscos de um bilhete suicida, a vibração ameaçadora de quase todas as músicas também se tornava aparente. Em "Radio friendly unit shifter", Cobain canta "What is wrong with me?" ("O que há de errado comigo?") enquanto sua entonação diz, "o que há de errado com você?". O Nirvana estava sempre querendo dizer as duas coisas.

Quando nos lembramos de que Cobain foi definido como a voz de sua geração, é impressionante como essa afirmação não se comprovou – uma mácula em sua (e, mais ou menos, minha) geração mais do que nele próprio, talvez. Em Olympia, ele se tornou um nerd dos discos: um especialista promiscuamente erudito em todos os tipos de rock 'n' roll.

Mas ele não misturou e mesclou suas influências formando pastiches pós-modernos. Ele foi muitas vezes bastante sincero, mas jamais da forma afetuosa, freqüentemente sentimental, como muitos dos maiores artistas independentes de hoje. E quando, com ainda mais freqüência, ele era sarcástico, ele o era de forma agressiva e proposital, e não – no que parece o estilo mais disseminado da geração – superficial e inexpressiva.

Uma voz como a de Cobain é literalmente difícil de sustentar: na última turnê do Nirvana, os médicos o aconselharam a mudar seu estilo estrangulado de cantar, do contrário estaria correndo o risco de prejudicar as cordas vocais, diagnóstico com o qual qualquer pessoa que escute "In Utero" concordaria sem pestanejar. Mas uma voz como a dele é difícil de sustentar em outro sentido: é difícil segurar, ano após ano, toda a força e a dor de ser jovem. É também difícil permanecer assim tão completamente confuso.

Entretanto, há honra nessa confusão – já que descobrir como você se sente, em geral, significa abandonar uma das suas verdades. E o adolescente, assim como o artista transformado em mercadoria, está certo em se sentir confuso: certo em desejar ser popular; certo em desprezar a popularidade; certo em odiar os seus defeitos que tornam sua popularidade não meritória; e certo também em esperar que obtendo a merecida popularidade poderá de fato redimir, por um tempo, toda a categoria dos populares. Nunca fez sentido, exceto por uma música por vez, quando ainda faz.